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domingo, 29 de dezembro de 2013

New Year's Eve,


Estamos a dois dias do final do ano. E como sempre eu faço o esforço de olhar em retrospectiva e de analisar o que ganhei e o que perdi este ano. Em geral, dois mil e treze foi um ano intenso. Dos mais rebuscados e estranhos de sempre. Ganhei muita coisa neste ano, aprendi a tornar-me mais forte e a confiar nos meus instintos. Mas as perdas que me trouxe também deixaram várias sequelas no meu coração.
Janeiro, começou da melhor maneira possível. A minha passagem de ano foi passada com amigos, grandes amigos, e que ainda hoje me acompanham. A chegada do primeiro mês no ano marcou o meu regresso à Invicta. E o calendário de exames que me deixou completamente louca. No final, o balanço acabou por ser positivo, tendo chumbado apenas a uma cadeira, e as muitas noites de estudo intensivo deram resultado. O H, veio de Inglaterra, só de passagem. Ainda não nos tínhamos visto desde que a máscara tinha caído, mas apesar dos esforços em evitar um encontro a sós entre nós os dois, não tive hipótese, e acabei por cair na toca do lobo, não conseguindo evitar um beijo apaixonado antes da sua partida. Mas Janeiro, vai ser sempre o mês em que me tornei mulher. No dia do seu primeiro aniversário, ele mandou-me uma mensagem dizendo-me que não se tinha esquecido. 
Fevereiro, teve um inicio espectacular. No primeiro fim-de-semana do mês fiz uma viagem a Coimbra, com o meu curso. Nunca lá tinha ido e fiquei a gostar imenso daquela cidade. Coimbra, vai ser sempre vista por mim a preto e branco, e o seu significado histórico em pessoas tão agarradas à tradição académica, faz com que se torne especial aos nossos olhos. Passei aventuras e momentos de lágrimas que jamais me sairão da memória. No entanto, a maldição do segundo mês do ano continua a perseguir-me. Depois de ter feito quatro anos desde o dia em que bati no fundo do poço e sete da morte do meu avô materno, eis que o mundo cai sobre nós, com a noticia do falecimento - completamente inesperado - da mãe do meu padrasto. 
Março, foi o mês das férias da Páscoa, em que mais uma vez se cumpriu a tradição e passei o dia festivo na sede do G.F.V.C. O meu primo T, esteve cá de passagem e deu para matar algumas saudades. Não esquecendo também as idas ao Taurino e ao Centro Histórico com os amigos de sempre. 
Abril, esteve marcado pelas muitas indecisões a nível de compreensão restrita, mas com várias conversas com o PC e o R, tomei a minha decisão, na qual só voltaria a pensar alguns meses mais tarde. O quarto mês do ano é sempre o mais neutro de todos, mas foi em Abril que conheci o M, numa noite que nada supunha de extraordinário, e que acabou por me marcar de certa forma. De salientar a última noite do mês que até hoje considero como uma das melhores do ano, na companhia das minhas miúdas e do M. 
Maio, é já por si um mês de excelência. Começou com os dias em Campanhã, numa preparação exaustiva do carro do cortejo, com direito a pizza cortada à mão! A Monumental Serenata, logo no primeiro fim-de-semana, que mais uma vez foi emocionante e extremamente marcante, principalmente porque este ano tive a companhia do meu melhor amigo, uma afilhada para abraçar, e voltei a ver o C, depois de tantos meses sem nos vermos. No dia seguinte, a Imposição, que significou passar muitas horas em pé. Conversa com o C, que me deixou de lágrimas nos olhos, num daqueles raros momentos em que ele sabe ser carinhoso com alguém. A madrinha a impor-me, muitas lágrimas, muitos abraços à melhor hierarquia do mundo. A noite marcou o inicio da semana da Queima das Fitas. O encontro com ele que como sempre foi arrebatador, de tirar o fôlego e marcante. Os momentos passados com o M e com os meus miúdos. O concerto dos Xutos e Pontapés que eu adorei na companhia do R. E, finalmente, aquele momento em que o H, voltou de Inglaterra e me reencontrou na chuva, onde provou do seu próprio veneno e eu consumei a minha vingança. 
Junho, marca o inicio de uma nova época de exames. É o último mês na residência e, para além do stress e das poucas horas de sono, é também a época da melancolia, das despedidas, das saudades. A despedida perfeita da minha casa veio com aquela que foi também a despedida dele numa manhã que começou cedo e só acabou dali a umas horas, num aconchego perfeito. 
Julho, foi passado no Porto na primeira semana, na casa da P e da S, com estudo intensivo para os exames e aproveitando as últimas noites de euforia antes do regresso a Viana. A viagem à Estónia com o GFVC - país que adorei visitar e ao qual espero voltar - mas que infelizmente ficou marcada com a noticia do falecimento do meu avô paterno. Foram dias difíceis, de sufoco e choro, mas de aproximação de toda a família. Perder uma pessoa como o meu avô custa ainda mais por ele ter sido tão boa pessoa e, durante toda a sua vida, não ter coleccionado um único inimigo. 
Agosto, proporcionou-me uma breve visita ao Porto por dois dias, onde fiquei alojada na casa da R. O meu primo T passou o mês quase todo em Viana o que foi mesmo bom. As Festas da Agonia chegaram em alta como sempre, com a visita da minha tuna e a maravilhosa noite dos tapetes. O Festival Internacional, este ano com a Eslovénia deu-me a oportunidade de conhecer gente maravilhosa. No último dia do mês tive o casamento do meu primo P com a V na Figueira da Foz, que se proporcionou de forma agradável com a família toda em harmonia. 
Setembro, que é o meu mês, veio com um jantar em Afife na casa do G. Depois de muitas aflições lá veio a tão esperada volta à Invicta, com os abraços dos meus amigos saudosos e o quarto novo. Depois de três meses sem contacto, lá veio o café com o M, as saídas com as miúdas, o inicio de um novo ano. Os meus vinte anos, passados na companhia dos meus amigos mais chegados e mais queridos da faculdade. 
Outubro, foi paralelo. Os muitos cafés com o C e o T, de onde surgiram muitas surpresas. A inesperada declaração do CH que eu tive que declinar com cuidado para não o magoar. Os Domingos à noite no Taurino com o meu JC, a S e o G. Mas depois, aquela noticia sobre o meu RP, que tinha sofrido um acidente grave de mota e infelizmente estava incapacitado durante algum tempo. O aperto que senti no meu coração e as lágrimas por ter recebido tamanha noticia inesperada e me sentir completamente impotente para o poder ajudar. 
Novembro, o penúltimo mês do ano. Aquela noite em que fiz de enfermeira do M e que me proporcionou muitos risos. As saídas com as minhas miúdas, e os dias intensivos de estudo, a dormir três horas por noite às custas do essay de Drama. 
Dezembro, que ainda não acabou, trouxe-me muitas mudanças repentinas. Os primeiros dias, passados no Porto, com o regresso repentino do H, com qual passei horas a conversar sobre os nossos assuntos pendentes. Depois daquela que foi a conversa mais honesta que tivemos, veio a despedida que para mim foi digna de um filme. As últimas saídas com eles, o jantar de curso. A nova aquisição da família, a minha afilhada, S. As muitas conversas com a madrinha e com o C. O café da despedida com o M, que se manifestou agradavelmente bem passado. Os desabafos com o R. A vinda para Viana, que significou a minha mudança de horário no trabalho, passando a exercer quase todos os dias. O Natal que decorreu sem problemas, com alegria tanto de um lado da família como do outro. O pior veio a seguir. O último mês do ano, marca, a minha saída de casa. Não foi fácil, nem tampouco será no futuro. Mas foi melhor assim. Os cafés do dia-a-dia com os meus amigos e a passagem de ano que se avizinha estrondosa. Amanhã, no penúltimo dia do ano, vou realizar aquele que era o maior desejo do meu natal: rever o RP. 

Agora, é seguir em frente. E esperar que o novo ano me traga melhores momentos, paz e amor. 
Doismilecatorze, até já. 

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