Pode parecer cliché, mas fico mesmo angustiada quando vejo sem-abrigo. Sei que muitos deles só pedem dinheiro para droga, mas como normalmente compro comida para os que conheço no Porto, parte-me o coração ver a sofreguidão com que comem.
Também me é doloroso assistir a certas imagens de subnutrição nos países mais pobres. Como trabalho em restauração vejo muitas vezes a comida a ser deitada fora. Isso enoja-me. Aliás, sou a primeira a recusar-me em fazê-lo, quando a comida ainda está em condições de ser ingerida.
Acabava também com as guerras se pudesse. Há milhares de inocentes a morrer por causa da bomba x ou y. Sem querer ferir susceptibilidades religiosas, até porque respeito as crenças que cada um tem, não me parece justo que alguns bombistas-suicidas o façam no nome de um Deus que lhes prometeu uma vida melhor. Ou então, partindo para a politica e para o dinheiro, as guerras de interesses, que me dão mesmo muita raiva. Já não estamos na Idade Média, há coisas que eram suposto ter mudado.
Finalmente, e esta é uma realidade que é mais presente no meu quotidiano, fico mesmo triste quando assisto a cenas homofóbicas ou racistas. Não sou homossexual, mas tenho muitos amigos que o são. E até agora posso dizer que os homossexuais que conheci até agora acabaram por se tornar nos meus melhores amigos. Eles são homens normais, e é isso que muita gente ainda não percebeu. E têm direito a encontrar a sua felicidade ao lado da pessoa que amarem, independentemente de quem seja. Quanto ao racismo e xenofobia, fico mesmo irritada quando alguém culpa tudo no leste, ou nos negros. Somos todos seres humanos, todos iguais.
São pequenas coisas, mas ambiciosas. Eu sou uma no mundo e sozinha não mudo nada. É preciso que todos tomem estas consciências. Das duas uma: ou eu sou muito liberal e avançada ou então andamos a regredir no tempo.
É isto.
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