Uma das coisas que mais prazer é o jogo da sedução. E ultimamente tenho jogado muito. Sabendo perfeitamente que as coisas podiam correr mal, sabendo perfeitamente que poderia jogar sozinha. Mas essa é a piada: a descoberta.
Quando conhecemos alguém que nos chama minimamente à atenção pelo seu aspecto físico, e quando a personalidade dessa pessoa nos encanta, aliando-se aos gostos parecidos, não nos apaixonamos. Isso pode (ou não) vir depois.
Quando entrei neste jogo conhecia as regras. Só o facto de ser proibido tornava tudo mais interessante. Nos últimos dias partilhamos horas de conversas, sorrisos, olhares (in)discretos. Decidi abrir o jogo. Pôr as cartas em cima da mesa. E fui bem sucedida. A atracção revelou-se mutua.
E depois veio aquele momento. Aquele momento. Podemos passar horas a sonhar com um instante de contacto, um toque, uma breve memória? Algo que foi tão insuficiente e tão poderoso ao mesmo tempo? Foi isso que aconteceu.
Como é que nos sentimos quando esse homem tão charmoso nos diz num sussurro para nos aproximarmos? Fiquei arrepiada. Aproximei-me. Ele tomou-me as mãos como suas e aproximou-me dele. Agarrou-me na cintura, com toda a força do mundo. E eu comecei a respirar mais depressa. Queria tê-lo, ali naquele lugar, naquele momento. E quando o olhei nos olhos percebi que ele também queria. A força com que me agarrava tornava-se desesperante. No momento em que pensei que me iria beijar, ele afastou-se. Isso quebrou-me por dentro. Deixou-me ainda mais desejosa. Depois riu-se. E disse-me para ter paciência. E eu tenho.
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