Sonhar, já não me posso dar ao luxo de sonhar. Eu que sempre fui uma fantasiadora nata, uma miúda que sempre lutou pelos seus objectivos, cheguei à conclusão de que não posso mais fazê-lo nos termos do coração. Mas hoje, e só hoje, apetecia-me. Apetecia-me escrever uma história de amor. A nossa história de amor. Daquelas que começam do nada, num encontro inesperado, com aquela pessoa que vai mudar a nossa vida para sempre. Aquele tipo de história que tem altos e baixos, carinhos e desilusões, mas que acaba com o final feliz. Com o meu final feliz. Afinal, quantos capítulos é que eu já escrevi que acabaram com um ponto final amargurado, choroso, partido ao meio? Quantos homens é que já cruzaram a minha vida e que depois saíram dela de relance, sem deixar uma carta de despedida, um bilhete na almofada, um adeus de sorriso nos lábios? Nenhum. E ainda assim eu vivo com aquela esperança de que desta vez vai ser diferente. Desta vez eu vou ter alguém para me levar de mão-na-mão até ao horizonte. Desta vez, só desta vez, eu peço para que seja diferente.
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