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segunda-feira, 24 de março de 2014

Love XIX,


Não, meu amor, não vou andar à tua procura. Não vou deixar que me consumas a alma quando desapareces do mapa; não quero dar pulos de alegria nos teus regressos inesperados. Não estranhes, eu avisei-te. Avisei-te que um dia ia deixar de acreditar que vale a pena. E talvez esse dia tenha chegado. Talvez eu já tenha encontrado o meu limite. 
Se tu soubesses, se tu sequer imaginasses as vezes em que eu penso em ti. Se calhar isso não mudava nada. Ou poderia mudar tudo, não sei. 
Preciso que sintas a minha falta. Preciso que sejas tu a vir à minha procura. Não esperes que seja sempre eu a ligar-te, não quero continuar a sentir-me mal quando não apareces. Quando ligas e desligas da minha vida. Eu disse-te que um dia os convites acabariam. Que eu me ia fartar de receber "nãos" como resposta, com aquela desculpa de que sou eu que escolho os piores dias. A culpa é minha, eu sei. 
O amor destrói-nos. Desenganem-se os amantes das minhas palavras; o amor é destrutivo quando está neste impasse. Nunca sei o que esperar de ti. E isso magoa-me. Não sei se me vais aparecer todo querido, e simpático, e com aquele sorriso que me derrete por dentro. Não sei se vais ter aquele teu comportamento de solteiro desesperado que me enoja. Não sei. Mas se calhar tens razão, eu é que sou complicada. 
Não vou deixar que me partas o coração. Não vou deixar que predisponhas de mim como bem te apetece. Não vou deixar que me faças sentir a pior pessoa do mundo. Não vou permitir-me um estado absoluto de euforia, quando vou ter contigo. Nem sequer vou deixar que o meu cérebro planeie as coisas, que me dê falsas esperanças porque tu roubas-me sempre os sonhos. 
Nunca mais vou atrás de ti, disso podes ter a certeza. Se tu quiseres, vem à minha procura desta vez. De uma maneira ou de outra eu acabo sempre por estar aqui. 

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