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terça-feira, 25 de março de 2014

Love XX,


“I finally understood what true love meant...love meant that you care for another person's happiness more than your own, no matter how painful the choices you face might be.”

Nicholas Sparks, Dear John

Não, nunca fui sortuda no amor. O meu primeiro amor, quebrou-me o coração. Abandonou-me, seguiu outro caminho. E eu respeitei isso. O que eu sentia era tão puro, tão verdadeiro, tão doloroso, que tive necessidade de me excluir por completo do mundo depois de ter ficado sozinha. Foi o período mais negro de toda a minha vida. E quando me diziam que o "tempo acabaria por curar tudo" eu não acreditava. Mas curou. Demorei três anos a conseguir, mas no final acabei por encontrar a minha cura. Uma nova cidade, novos amigos, uma nova vida. 
A pessoa que amei a seguir, voltou a destruir-me. Encheu-me a cabeça de sonhos. Prometeu-me o coração. E no final, quando toda a verdade veio ao de cima, voltei ao fundo do poço. Sentia-me rasgada, usada e, mais uma vez, abandonada. Dessa vez prometi a mim mesma que não voltaria a apaixonar-me. Afinal, quantas vezes é que se pode remendar um órgão da vital para que ele continue a bater? 
E, depois, conheci-te a ti. Quis manter a minha promessa. Mas não fui capaz. Não consegui resistir à tua sedução, não consegui escapar ao brilho intenso nos teus olhos. Não consegui parar de pensar nos teus abraços apertados, não consegui tirar-te o sabor dos lábios. Não sou capaz ainda de deixar de sentir o teu cheiro na minha cama, o teu toque suave, o som da tua voz. E por isso é que tenho que me desligar de ti. 
Quando o teu antecessor voltou para mim a primeira vez, eu não senti nada. Só um vazio imenso, uma dor constante a cortar-me o peito, uma raiva profunda dentro de mim. E melhor do que isso foi aquela conversa inesperada, sobre nada, cinco anos depois de eu ter caído da primeira vez. Porque apesar de já não me importar, trouxe muitas memórias ao de cima. Falar com eles, faz-me lembrar tudo aquilo que eu senti, todas as noites que passei em claro. Às vezes é como se ainda conseguisse ouvir o meu coração a partir-se em mil pedaços, uma e outra vez, sem parar, mal deixando ar para que eu pudesse respirar. 
A culpa destas lembranças não tem propriamente a ver com eles, ou contigo. Estão relacionadas com o sentimento. Sentimento que eu estou a nutrir por ti. E contra o qual tenho que lutar. Só te peço uma coisa: se eu não resistir, se eu não me conseguir parar e tu te deres a mim, por favor, não brinques comigo. Se o fizeres, fá-lo a sério. É tudo o que eu peço. 

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