Sempre fomos descomplicadamente complicados. Não pensava nisto há muito tempo, até me teres lembrado.
Desde que nos conhecemos que partilhamos um grande cumplicidade. Isso não é segredo para ninguém. Sabemos quase tudo um do outro. É fácil para mim ver quando estás realmente bem, quando os teus olhos brilham por algum motivo, e quando estás triste. Tem sido sempre assim. Partilhamos histórias, memórias, sentimentos e desejos. Desejos. Fantasias.
Quase me tinha esquecido. Para dizer a verdade, não esqueci, mas também não me queria lembrar. Daquele mês. Daquela azafama. Daquela tentação. Daquela fantasia.
Quando me voltaste a falar desse assunto, quase que senti que querias que voltasse a acontecer. Que as coisas que ficaram por fazer, as quais só a nossa cabeça pôde viver, pudessem ser finalmente feitas. Mas não podemos. Era tão fácil connosco, tão difícil ao mesmo tempo. É viver um dia de cada vez. Apreciar essas palavras que me sussurras e deixar-me levar pela imaginação. É querer e não poder. É sentir sem tocar.
E eu derreto-me quando me falas assim.
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