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terça-feira, 20 de maio de 2014

Memory Lane,


Passo muito tempo a pensar no passado. Talvez porque tenho sentido um vazio imenso dentro de mim. O meu quotidiano passou a ser uma espécie de rotina que nunca difere. E contigo, todos os dias eram diferentes. 
As memórias favoritas são as de há dois anos. Ainda não trabalhava, não tinha olheiras até ao umbigo, não andava cansada todos os dias. Há dois anos, os meus amigos eram os mesmos. Saía todas as semanas, não acordava com dores de cabeça, não adormecia nas aulas. Há dois anos tinha-te a ti. 
Estou bem ciente de que não eras príncipe nenhum. E magoaste-me tanto que durante muito tempo eu nem podia ouvir falar de ti. Mas não te odeio. Não te consigo odiar. Devia, mas não posso. Não quando me fizeste tão feliz ao mesmo tempo, não quando me voltaste a dar a oportunidade de acreditar no amor. E ainda que tenha sido uma mentira, eu não me arrependo. Por isso é que tenho repetido esses momentos vezes e vezes sem conta na minha cabeça. Para me lembrar de como era bom acordar com um sorriso nos lábios todos os dias; para me lembrar de como é sentir-me amada.
Às vezes recordo-me de ti só para me esquecer dele. Dele e do efeito que tem sobre mim. Dele e do bater acelerado do meu coração quando estamos juntos. Dele e dos seus medos e inseguranças. Dele e das suas atitudes acriançadas por vezes. Dele e dos seus beijos apaixonados, dos seus toques suaves no meu rosto, do seu cheiro na minha cama. 
Forço a minha cabeça a lembrar-te como se tivesses sido a melhor coisa da minha vida. Tenho medo de me esquecer dessas sensações. De como era contigo nos nossos tempos áureos. Só para fugir dele. 



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