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terça-feira, 4 de março de 2014

Love XVIII,


Há homens com problemas sérios. Quem me conhece sabe perfeitamente que eu não sou aquele tipo de rapariga que gosta de partir o coração de ninguém. Eu própria sei o quão difícil é viver com algo tão importante magoado. Sou uma pessoa carinhosa, que gosta de miminhos e de abraços, e sou tudo menos fria. Mas há homens que o merecem. Que merecem eu seja uma cabra, que merecem que eu seja a pior pessoa do mundo. Caramba, já não há paciência. 
Eu juro que sou muito, mas mesmo muito paciente, mas há coisas que têm limites. Sou sempre honesta nas coisas que digo, e não gosto de brincar com os sentimentos de ninguém. Por isso, quando tenho algo a dizer, digo. É melhor que as pessoas saibam que não são correspondidas, para poderem seguir em frente, a viver uma ilusão. 
Quando tomei esta decisão, quando o homem de quem falo, me disse que queria algo mais sério comigo, quando disse que gostava de mim, eu entrei em pânico. E se calhar esse foi o problema. Porque ele ficou a pensar que a minha negação se devia ao facto de eu não estar preparada para uma relação. E não, de todo esse não era o meu problema. Entrei em pânico, por sabia que com a verdade ia ferir os sentimentos daquela pessoa. Por quem eu tinha - tinha, já não tenho - um carinho de amizade. E disse-lhe com todas as letras que estava interessada noutra pessoa. Por quem continuo a estar. E fui em frente quase sozinho, porque as minhas amigas quase todas gostavam dele como pessoa, e diziam que eu estava a perder uma grande oportunidade. Todas menos a Ros, claro, ela sempre esteve do lado do outro todo o tempo. Mas eu garanto, e frizo até, que não vou estar com ninguém por quem não nutro qualquer tipo de sentimentos, muitos menos por pena. Dá-me náusea só de pensar nisso. 
Não gosto de sentir pena das pessoas. Mas sentia no inicio. Falava normalmente, porque sabia o quão difícil podia estar a ser para ele. Tentava agir da maneira mais natural possível. Mas a certa altura começou a tornar-se problemático e abusivo. Caramba, já passaram meses desde então e eu continuo a sentir-me perseguida. E estou a começar a desesperar. 

Tens que meter uma coisa nessa tua linda cabeça, meu querido. Eu não gosto de ti, não quero nada contigo, não quero que andes atrás de mim. Aquele beijo que te dei no outro dia, serviu para te despachar, porque já estava farta de ti. E não, não é da tua conta com quem eu me vou embora, com quem eu me deito, com quem faço a minha vida. E não precisas de andar aí a dizer a quem me conhece que eu sou tua. Em primeiro lugar, vê-se mesmo que não me conheces porque eu nunca fui, nem nunca hei-de ser de ninguém. Em segundo lugar, mesmo que eu pertencesse a alguém, até poderia ser qualquer homem deste mundo menos tu. E em terceiro lugar, deixa-me em paz de uma vez por todas. Vive a tua vida e deixa-me viver a minha sossegada, como tenho feito até agora. 


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